Analog Me #001 - Fotografando no campo
Um pouquinho de como foi passar os primeiros dias de 2022 viajando e fotografando no município de Piraquara.
Queridos leitores,
Agora sim, oficialmente, esse é o primeiro texto sobre fotografia da Analog Me! Na edição passada eu escrevi só uma breve apresentação dessa newsletter, e contei um pouquinho da minha história.
Hoje eu estarei escrevendo sobre a pequena viagem que eu fiz para uma região rural próxima a cidade onde eu moro. E como um bom apaixonado por fotografia, obviamente, não perdi a oportunidade de gastar alguns rolos de filme documentando as paisagens bonitas e as cenas que mais me chamaram a atenção.
Fotografar no campo é uma das minhas experiências preferidas
Desde que eu comecei minha história na fotografia, sempre gostei muito de fotografar viagens, estradas e regiões com campos. Eu moro em uma cidade linda, mas que é recheada de prédios e carros. Então sempre que tenho a oportunidade de fugir desse cenário, aproveito para recarregar minhas energias. Eu estaria mentindo se simplesmente dissesse que não gosto de passar meu tempo documentando as cenas do meu dia-a-dia e fotografando pelo meu bairro, e pelo centro da cidade. Mas viajar para lugares repletos de planícies, plantações e casinhas acolhedoras também instiga muito o meu olhar fotográfico.
Para começar 2022 da melhor forma possível, passei os primeiros dias do ano, junto com os meus pais e minha namorada, no município de Piraquara. Uma região que, sinceramente, me surpreendeu bastante com as suas paisagens absurdamente lindas.
Como nós ficamos apenas 4 dias, eu queimei 1 rolo de Kodak Pro Image 100 e um 1 Ilford HP5 400 (fotografado em ASA 800). O meu set up de câmera se resumiu basicamente a minha linda e pequena Pentax ME, com uma lente 50mm f1.4.
Quando se está viajando para um lugar com paisagens tão "fotografáveis", é muito fácil acabar ficando preso a fotografar somente isso. A beleza dos campos e plantações, cenários de natureza, etc.
Por isso, durante nossas pequenas férias, tentei me concentrar também em documentar cenas e detalhes que foram aparecendo pela propriedade onde nos hospedamos. Além, claro, de fotografar as pessoas amadas que estavam me acompanhando.
Na parte de trás do terreno, tinha uma pequena edícula. E dentro daquele espaço, tinha um janelão coberto por plantas, que dava de frente para um gramado lindo.
Em uma das tardes que eu estava caçando fotos pela casa, bati o olho nessa cena incrível. O sol estava forte, e as sombras das plantas estavam desenhadas na parede. O HP5 em ASA 800 foi perfeito para fotogarafar nesse momento.
Semanas depois que voltei para Curitiba, recebi as fotos digitalizadas de volta do laboratório. E acreditem se quiser, mas eu quase ignorei essa foto… Ela me parecia muito escura, a composição não me agradava muito, entre outras coisas. Foi só depois de muito pensar e olhar pra ela, que eu acabei dando uma chance para essa bela foto.
Além de ficar pela casa, foram muitas as tardes que saímos andar de carro pelas redondezas, para conhecer um pouco mais da região, e continuar gastando filme.
Quando eu digo que não se deve fotografar SÓ paisagens, obviamente, não significa que é para deixar de fotografá-las. Durante esses 4 dias, nós passamos por muitos cenários de natureza lindos. Era impossível recusar de fotografar.
No nosso último dia, antes de voltar para casa, acabamos visitando a propriedade de um grupo católico que reside na região, os Arautos do Evangelho. Foi só um passeio rápido, mas ainda pudemos conhecer um pouco dos costumes do grupo.
Acabei não fotografando muito enquanto estávamos lá. Mas na saída, literalmente segundos antes de entrar no carro, me deparei com uma luz simplesmente incrível dentro da igreja.
Um frei estava iniciando a celebração com um música bonita e profunda. A atmosfera daquela cena, combinada com a composição que a arquitetura da igreja formava, me levaram a conseguir algumas das minhas fotos preferidas de toda a viagem.
Bônus
Acabei não tirando tantas fotos que mostrassem meus pais, então queria deixar por aqui esses dois momentos que eu registrei em uma viagem anterior. Tenho um carinho enorme por essas duas fotos!
Como sempre, posso dizer que eu gostaria de ter fotografado mais ainda. Essa é uma sensação que a maioria dos fotógrafos convive cotidianamente.
Mas também usei boa parte do meu tempo para aproveitar a companhia das pessoas que eu amo, colocar a cabeça no lugar e me preparar para esse novo que está começando. Tenho muitos projetos e ideias para colocar em prática em 2022.
*Todas os filmes foram revelados e digitalizados pelo incrível LabLab, aqui de Curitiba.
Muito obrigado mesmo por chegar até aqui nessa primeira edição da Analog Me!
Eu estou realmente animado para dar continuidade à esse novo projeto. É muito bom encontrar um espaço como esse para dedicar uma parte do meu tempo, e para compartilhar com vocês um pouco de como é minha fotografia.
Até a próxima,
Gabriel Wisniewski
Analog Me é uma newsletter produzida por Gabriel Wisniewski.
A edição #002 estará disponível em 15 dias.
Sou muito grato pelo seu apoio e por compartilhar esta newsletter com seus amigos.
Amor, que lindo texto. A forma como você descreve o seu trabalho, torna ele mais lindo ainda. Continue escrevendo e fotografando, porque bons momentos ainda mais registrados por uma lente tão pequena, são uma enorme dádiva. Um dom divino. Eu amo você, fiquei feliz em fazer parte desse processo, desses projetos que sua mente brilhante sempre planeja e cria com tanta vontade, emoção e equilíbrio!❤️